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Seletividade alimentar no TEA, o que fazer?

A seletividade alimentar é um comportamento caracterizado pela recusa ou limitação da ingestão de certos alimentos. Pode envolver a preferência por alimentos específicos, texturas, cores ou cheiros, resultando em restrições dietéticas significativas.


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No contexto do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a seletividade alimentar é bastante comum. Muitas crianças e adultos com TEA apresentam dificuldades em relação à alimentação, seja pela resistência a experimentar novos alimentos, pela aversão a determinadas texturas, ou pela rigidez em relação às suas preferências alimentares.


Essa seletividade alimentar pode trazer preocupações nutricionais, já que uma dieta restrita pode levar a deficiências de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais. Além disso, a seletividade alimentar pode afetar a socialização e as interações sociais, uma vez que as refeições são frequentemente momentos de convívio e compartilhamento.


É importante que pessoas com TEA que apresentam seletividade alimentar sejam acompanhadas por profissionais de saúde, como nutricionistas e terapeutas ocupacionais, que possam ajudar a diversificar a dieta através de estratégias de exposição gradual a novos alimentos, adaptação de texturas e trabalhos de dessensibilização sensorial, buscando garantir uma alimentação adequada e balanceada.


Se você ou alguém que você conhece está lidando com seletividade alimentar, aqui estão algumas dicas úteis:


  1. Introduza novos alimentos gradualmente: Tente introduzir novos alimentos de forma lenta e gradual, incorporando pequenas porções em refeições já familiares. Isso permite que a pessoa se acostume com novos sabores e texturas aos poucos.

  2. Seja criativo com a apresentação dos alimentos: Explore diferentes formas de apresentar os alimentos, tornando-os visualmente mais atraentes. Você pode experimentar cortes diferentes, montar pratos coloridos e utilizar recipientes divertidos e coloridos.

  3. Envolva a pessoa no processo de escolha e preparação dos alimentos: Incentive-a a participar do processo de compra e preparação dos alimentos. Isso pode aumentar sua curiosidade e interesse em experimentar novos alimentos.

  4. Ofereça variedade de opções saudáveis: Certifique-se de oferecer uma ampla variedade de opções saudáveis em todas as refeições. Isso é importante para garantir uma nutrição adequada, mesmo que a pessoa tenha preferências alimentares específicas.

  5. Utilizar técnicas de terapia comportamental: Estratégias como reforço positivo, modelagem e fading podem ajudar a melhorar a aceitação de novos alimentos.

  6. Considerar suplementos nutricionais: Em casos em que a seletividade alimentar leva a deficiências nutricionais significantes, um profissional de saúde pode recomendar suplementos adequados.

  7. Procure ajuda profissional: Se a seletividade alimentar persistir e causar preocupação em relação à nutrição adequada, é importante buscar a ajuda de um profissional da área de saúde, como um nutricionista. Eles poderão fornecer orientações específicas e um plano alimentar adequado.


Lembre-se de que cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente a essas estratégias. A paciência, o apoio e o entendimento são essenciais ao lidar com a seletividade alimentar.

Aqui estão algumas referências úteis sobre seletividade alimentar no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sugestões sobre o que fazer:


  1. American Academy of Pediatrics. (2019). Clinical practice guideline for the diagnosis, evaluation, and treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder in children and adolescents. Pediatrics, 144(4), e20192528. Link

  2. Johnson, C. R., Handen, B. L., Mayer-Costa, M., Sacco, K., & Courtney, M. L. (2008). Eating habits and dietary status in young children with autism. Journal of Developmental and Physical Disabilities, 20(5), 437-448. Link

  3. Bandini, L. G., Anderson, S. E., Curtin, C., Cermak, S., Evans, E. W., Scampini, R., … & Must, A. (2010). Food selectivity in children with autism spectrum disorders and typically developing children. The Journal of pediatrics, 157(2), 259-264.e1. Link


Essas fontes de pesquisa oferecem informações valiosas sobre seletividade alimentar no TEA e podem auxiliar na compreensão do assunto. No entanto, é importante sempre buscar orientação de profissionais especializados, como médicos, nutricionistas e terapeutas, para avaliação individualizada e estratégias de intervenção personalizadas.

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